PAÇO E CENTRO CÍVICO SANTO ANDRÉ
AUTOR(ES): RINO LEVI ARQUITETOS
DATA DE PROJETO: 1965
LOCALIZAÇÃO: PRAÇA IV CENTENÁRIO, CENTRO, SANTO ANDRÉ, SP.
FONTES DE PESQUISA: ACRÓPOLE N.320, P.24, AGO.1965; ANELLI, GUERRA, KON, 2001, P. 178.
REFERÊNCIA DO TEXTO: ZEIN, 2005: P.166

Embora aplicando generosamente o concreto aparente, a obra do Centro Cívico de Santo André Levi segue as pautas compositivas e a preocupação com a caracterização dos edifícios em conformidade com sua destinação (legislativo, executivo, cultural, em contraponto com o edifício existente do Fórum) claramente afiliadas à tradição racionalista perfilhada por Rino Levi e seus sócios desde sempre, e em que pese a opção pela linguagem e materiais modernos, com inegáveis raízes na tradição acadêmica. Como esclarece Renato Anelli, “a combinação da abordagem do projeto como um problema a ser equacionado e resolvido, com a forma de uma composição elementar, resultava num método de trabalho presente tanto nas obras de cunho historicista como naquelas que aderiram ao racionalismo […] Tais procedimentos sobrevivem na obra de Levi, que cria elementos de composição e os dispõe de acordo com determinada intenção do projeto”. Embora Anelli esteja se referido, nesse trecho de sua análise, aos projetos do início da carreira de Levi, essas considerações podem ser legitimamente aplicadas à sua última obra.

No terreno de cerca de 110.000 m2 são organizados três patamares vencendo o desnível de 10 m, acomodando o conjunto de edifícios de maneira a proporcionar acessos independentes a cada um em cotas variadas e ao mesmo tempo garantir o compartilhamento de uma praça central de caráter cívico. Cada edifício é então resolvido funcionalmente conforme suas necessidades programáticas, mas dentro de uma linguagem conjunta, assumindo sutis variações no porte, posicionamento e resolução plástica individual, “caracterizando os edifícios de acordo com o destino de cada um”, como afirma o memorial da obra quando da publicação do concurso. A estrutura, não sendo propriamente convencional para a época, na medida em que organiza vãos de certo porte, entretanto não assume papel de excessivo destaque, exceto pelo uso de paredes-cortina curvas que envelopam o teatro e conformam a cobertura em coroa radial que marca o espaço de assembléia no edifício legislativo, justificando-se programaticamente em ambos os casos.

 

FOTOS:


PAULA MASTROCOLA


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LOCALIZAÇÃO:

 

DESENHOS TÉCNICOS: PAULA MASTROCOLA


Implantação


Cobertura


Planta


Planta

 
Corte e Elevação


Elevação

 

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